[RESENHA] 'Fangirl', de Rainbow Rowell (Sem Spoilers)




Olá meu povo!
Assim como o resto do mundo, vocês também devem estar de quarentena, estive ocupado tendo aulas online, já que os professores não se conformaram com essa interrupção que, por enquanto, se estenderá até 14 de abril. Peço a todos aos leitores do AE que se cuidem e também cuidem dos próximos através do cumprimento das regras do confinamento social.

Hoje vou falar sobre a minha última leitura, Fangirl da maravilhosa Rainbow Rowell e sinceramente? Minha escritora favorita dos últimos tempos. Eu avaliei Fangirl com 5 estrelas e foi uma leitura que me ensinou muito, principalmente como escritor e pessoa.


 A história narra a vida de Cath, ela é uma caloura na universidade do Nebraska e ingressar no ensino superior não é a única mudança que a sua vida vai sofrer, Cath tem uma irmã gêmea chamada Wren e ambas quando mais novas, dedicavam grande parte do seu tempo escrevendo Fanfics do Simon Snow e o Baz – Que são basicamente, personagens correspondentes ao Harry e o Draco –  Mas com o passar do tempo, as duas irmãs foram divergindo muito em relação aos seus gostos pessoais, Wren queria saber de festas e bebidas alcoólicas enquanto Cath ainda vivia naquele mundo fantasioso.

Cath conhece Reagan, sua colega de quarto, uma garota de cabelos vermelhos, atitude confiante e levemente rude. Reagan apresenta Levi a Cath, ou melhor, Levi se apresenta a Cath por conta própria e a partir desse momento, a nossa protagonista embarca numa aventura de auto descobertas e eu nunca pensei que fosse encontrar isto em algum lugar, quero dizer, existem MILHÕES de livros com personagens se auto-descobrindo, mas todos envolvem dragões, poderes místicos e um governo autoritário para ser destruído, nunca pensei que eu poderia encontrar esse assunto em um contexto tão simples e familiar.

Aliás, familiar é a palavra ideal para descrever esse livro. Na minha experiência, vi-me representado muitas vezes nesse livro, pois a Cath é uma jovem universitária que se recusa a abandonar o que ama, mesmo que todos ao seu redor estejam crescendo e escolhendo rumos diferentes para a sua vida, e isso é algo real no meu quotidiano. Todos os meus amigos de cinco anos atrás parecem ser pessoas completamente diferentes, mas eu sinto-me igual e por muito tempo isso me deixava mal, entretanto, ler Fangirl fez-me entender que todos nós temos o nosso próprio tempo, vamos descobrindo-nos aos poucos como peças de quebra-cabeça, a cada dia que passa descobrimos algo diferente sobre nós, a única diferença é alguns descobrem mais rápido, outros mais lentamente e ainda aqueles que preferem não descobrir, mas todas essas realidades estão certas, o que não está certo é se comparar com as outras pessoas.

A Rainbow é um anjo e isso é um fato! A história se desenvolve muito bem, principalmente quando sentimos que não estamos lendo, mas sim conversando com o autor, o livro parece uma grande conversa em uma tarde calma de sábado, tudo é tão descontraído e convidativo que não sentimos o tempo passar, mas confesso que demorei alguns meses para lê-lo devido a minha carga horária e mesmo tentando ler uma quantidade significativa de páginas por dia, foi impossível termina-lo num curto intervalo de tempo.
A escrita é fluída e tão clara que ao lermos, conseguimos imaginar um filme nas nossas cabeças e está aí uma recomendação para a Netflix, já quero uma adaptação do livro para ontem!

Com um tema simples e muito importante sobre autoconhecimento unido a personagens vivos e muito distintos a Rainbow Rowell prova mais uma vez a sua capacidade como escritora, mantendo-nos preso nesse universo que não tem nada de fantasioso ou muito complexo, somente personagens e narrativas de fácil conexão que nos fazem repensar sobre as nossas próprias ações.  Com certeza uma leitura recomendada a todos os jovens escritores que, ao mesmo tempo estão lidando com a criação de personagens, mas também estão tendo problemas com a sua própria narrativa.
Deixo aqui um diálogo maravilhoso entre a Cath e a sua professora de escrita criativa:
- Eu reparei. – Disse a professora com carinho. – Conseguia ouvir-te em algumas melhores partes.
 Obrigado por lerem! Fiquem bem e se cuidem. 
XoXo

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