[RESENHA] 'Wayward Son', de Rainbow Rowell (Sem Spoilers)


Olá mágicos de Watford!
Neste momento de pandemia, eu estou sendo acompanhado por leituras maravilhosas e entre elas, Wayward Son, a tão esperada continuação de Carry On.
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Esqueça todo aquele ambiente mágico e húmido de Londres, os nossos três personagens estão indo para os Estados Unidos da América! Simon, no primeiro livro, fez tudo que estava predestinado a fazer, venceu o vilão, descobriu a verdade e salvou o dia, mas o que acontece com o escolhido depois que ele cumpre a profecia? É o que vamos descobrir neste segundo livro.  
Simon está muito deprimido devido aos últimos acontecimentos, então a Penelope, sua melhor amiga desde que entraram em Watford resolve comprar passagens de avião para a América do Norte sem lhes avisar, e então começa a nossa aventura. 

Em Wayward Son vamos ter algo bem diferente do que estávamos acostumados. Simon, Penelope e Baz vão sair muito das suas zonas de conforto e eu posso afirmar que esta continuação é exatamente sobre isso, conhecer novos lugares, ter perspectivas diferentes sobre as mesmas coisas, quebrar a rotina, grandes mudanças, mas principalmente, sobre se reencontrar, ou não.
Eu adorei a maneira como a Rainbow nos introduziu a sociedade mágica nos Estados Unidos, a qual é muito diferente da Britânica. Foi muito divertido também como os personagens reagiam a essas diferenças e apesar da língua ser a mesma, todos eles sofreram um pequeno choque-cultural à medida que exploravam aquele país tão grande, e como imigrante eu amei ver isso.

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Os nossos personagens estão crescendo, estão mais maduros agora. Peny e Baz estão na faculdade, Simon, como eu disse no começo, está passando por uma fase depressiva. Temos aqui personagens com personalidades muito distintas, mas que se completam mutuamente.
Em várias situações, os três são colocados em situações que estão fora da sua zona de conforto, fazem coisas que não estão acostumados, descobrem muito sobre si e aprendem também, mas mesmo com tudo isto, não consegui ver um grande arco de personagem, não pude ver grandes sinais de evolução, com exceção de Simon. Ele realmente, ao longo da história, foi aprendendo a viver esta nova vida, sem magia, com asas e cauda de dragão e sem o título de mago mais poderoso do mundo, mas de resto, os personagens parecem ter terminado a história da maneira como começaram, claro, eles passaram por muitas coisas, mas eu não os pude ver tirando uma grande lição de tudo o que aconteceu, isto talvez esteja reservado para o terceiro livro “Anyway the wind blows”, mas mesmo já ciente de uma possível continuação, eu esperava algum aprendizado.
Temos novos personagens nesta sequência, também com personalidades bem distintas e que contribuem para o desenvolvimento do plot. Criaturas sobrenaturais é o que não vai faltar neste segundo livro.

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A escrita da Rainbow é fluída e muito gostosa, eu li a versão em inglês porque não seria capaz de esperar as editoras traduzirem-no, mas mesmo em outro idioma, conseguimos ouvir a voz da autora atravessando as barreiras linguísticas, como eu referi na resenha de Fangirl, a Rainbow parece conversar conosco.
Com mais foco na narrativa, a história se desenvolve muito bem, mesmo sem uma descrição rica em detalhes é muito fácil imaginar os lugares e as situações, porque a descrição é feita de uma forma subjectiva que funciona muito bem.
Sem dúvidas, uma das escritoras cuja escrita eu mais admiro. Eu gostaria de poder ter essa leveza na hora de contar, é tudo tão suave e fluído que o texto não se torna cansativo e isso é mais do que positivo.

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O livro está favoritado e eu o atribuí quatro estrelas! Eu gostaria muitíssimo de o dar as cinco, mas alguns factores impediram-me de o fazer. Apesar de eu ter amado a história, de poder ter acompanhado este grupo fantástico e tão carismático pelas estradas dos EUA eu gostaria de tê-los visto crescer mais. Mas este é único aspecto negativo que eu encontrei durante a leitura.
Eu recentemente descobri que a Rainbow estava passando por um momento difícil enquanto escrevia o livro e é provável que essa seja a razão pela qual o texto tem um tom mais sério e mais reflexivo.

Foi uma ótima continuação e eu espero que o terceiro livro feche com chave ouro a história do Simon e os seus amigos. É uma leitura mais do que recomendada, principalmente, no momento em que nos encontramos, não podemos sair de casa, mas este livro vai fazer com que você possa conhecer a parte mágica dos EUA. Ainda não temos uma versão em português, mas no Brasil, a editora Seguinte está cuidando da versão brasileira, além de que o primeiro livro Carry On, também será relançado pela nova editora. Já em Portugal, não temos notícias de quando iremos ter a tão esperada continuação, mas assim que tivermos algum sinal de vida da Saída de Emergência aviso-vos pelo Twitter.

Obrigado por ler! Boa quarentena.
XoXo

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