'Relíquia das Almas: O Conto da Espada' Fez 1 Ano de Publicação!
Ayo,
demorei mas cheguei. É hoje, hein. É hoje.
Hoje…
é,
hoje.
28 de junho de 2020. Como
começar a comentar sobre
esse
dia tão importante? Minha
primeira longfic, Relíquia
das Almas: O Conto da Espada,
fez aniversário de um ano de publicação. Um
ano inteiro…
Esse
provavelmente será o post mais emocional que publiquei até agora, e
nele pretendo olhar pra trás e refletir na minha jornada até aqui.
E, claro, agradecer aos meus leitores.
Bom,
vamos lá.
Sobre o formato do post
Eu
tenho um amor muito grande por esse projeto (acho que dá pra notar,
né?), e tendo o espaço que tenho com o AE, decidi fazer algo
especial pra esse dia.
Considero
importante parar, certas horas, e pensar nos últimos acontecimentos,
até porque não há crescimento sem análise e correção—e, além
do mais, as atualizações periódicas do blog não são pra serem
jogadas no mar da internet e esquecidas.
Por
isso hoje o post será longo (assim, tecnicamente toda vez é,
mas shh, não falemos sobre isso, okay?), comigo aprendendo com os
erros, vendo o que mudou e me lembrando do que passei com essa fanfic
até agora.
RdA
é um marco na minha vida de artista, de escritora; não o início
dela, mas de quando ela começou a andar. É o meu primeiro
projeto que vai pra frente, tratarei ele com carinho pois está me
ensinando como lidar com os projetos futuros.
Tenho
muito a dizer, dizer pra minha eu do passado, pra minha eu do futuro
e… pra vocês.
Vocês
que me acompanham, me apoiam e me ajudam a melhorar. Esse post é uma
carta a vocês, também.
Antes de mais nada: pra Hikari, feliz aniversário!
Vou
começar o post com esse anúncio porque, antes de RdA, o dia é da
Hikarizinha—meu anjo, feliz aniversário. Nunca deixará de ser
relevante a ironia de eu ter escolhido o seu dia pra postar uma
fanfic de um ship que você nem shippa hehehe. Te amo, okay? Juro
jurado.
Kuddos
pro Social Spirit por ter permitido que eu encontrasse uma pessoa tão
brilhante e incrível como você, e talvez pra KOG também, já que o
fandom é dela (embora
ela não
mereça
esse elogio);
estou
lisonjeada em poder comemorar esse dia contigo.
Desde
o início eu sentia que você era uma mulher fenomenal (mesmo que
tenha puxado assunto contigo da forma mais atrapalhada do mundo), mas
quando pude passar ainda mais tempo contigo eu tive certeza. Você é
amiga, honesta, divertida, fofa, inspiradora e especial. Seu cuidado
com a escrita é admirável (mesmo que você seja stan de personagens
questionáveis cof cof), além de que sua técnica é incrível,
rendendo textos maravilhosos os quais não me canso de ler.
Espero
passar muitos mais anos comemorando contigo essa data linda, e espero
também que, hoje mais que sempre, você tenha um dia abençoado e
repleto de sorrisos. Que a felicidade não deixe seu ser e que você
receba todo o amor que merece, da sua família e dos seus amigos.
Obrigada por tudo, tá?
Obs:
Todo o bullying é justificado pois ela staneia o Lupus Wild. Sim,
eu adoro ela, mas como uma
Lass
stan, essa implicância se faz necessária okay?
Okay.
Olhando pra trás…
Até
agora tem, mais ou menos, um pouco mais de 20 artigos de atualização
publicados no Anotações Esparsas, que vão de desde antes de eu
criar
o Notas Extras & Avulsas, até mais de dez episódios dentro do
NE&A. Já
que o post de hoje é na temática de reflexão, permitam-me começar
proseando
sobre o início do blog, por
obséquio.
O
AE como um espaço onde posso ser eu mesma
No
último post publicado—Ficdom, Vamos Falar de Insegurança Na Escrita – Parte II,
que aliás eu insisto que
leiam pois deu muito trabalho de fazer, obrigada, de nada—eu
falei um pouquinho sobre como, quando eu era mais nova, não tinha
muitos amigos. Aliás até os 13 anos eu não tinha nenhum… bom,
mais ou menos; a verdade é
que eu não era
completamente
sozinha.
A
questão é que, naquela época, as pessoas que “andavam” comigo
não eram amigos de verdade; eram pessoas que se aproveitavam de mim
pra ganhar nota na escola e caçoavam de mim pelas costas.
(Sim,
eu era “nerd” naquela época. Saudades! Hoje em dia sei nem a
fórmula de Báskhara mais…)
Essas
pessoas nunca realmente se esforçaram pra serem
presentes e honestas comigo como um amigo deve ser, então toda vez
que eu tentava falar um pouco de mim, das coisas que gostava, do que
pensava sobre os diversos assuntos, eles simplesmente me ignoravam.
Com o tempo eu… parei.
Hoje
em dia tenho um círculo social que
respeita e incentiva minha individualidade, então me sinto mais
confortável—porém
ainda não completamente. Tenho medo de incomodar, medo de ficar tão
eufórica com meus hobbies que essas pessoas, que amo tanto, acabem
se afastando de mim. Aí entra o AE, pois eu posso ser o quão
descabelada que quiser por aqui que tá tudo bem. Ninguém é forçado
a nada.
Okay
que tecnicamente meus amigos são meus amigos porque querem, mas essa
ficha ainda não caiu direito porque eu meio que… não entendo…
como alguém quereria
ser amigo de alguém tão chato quanto… eu…?
E, bem, com o AE eu me sinto
melhor pois eles podem simplesmente ignorar, sabe? E
tá tudo bem.
As
colunas mais pessoais são bem mais pra mim do que pra eles; aprecio
todo e qualquer apoio, mas se não tiver também já
não me dói tanto,
compreende?
Aqui
eu posso dissertar eternamente sobre o que penso das diversas alas do
ficdom, posso surtar pelos meus projetos, posso trazer pra esse meio
tão niche que é o cantinho dos fanfiqueiros exatamente aquilo que
sempre quis que tivesse por essas bandas. O Anotações Esparsas me
proporcionou um palco o qual não me sinto envergonhada em subir, e
se tem plateia ou não é lucro, pois tudo o que eu sempre quis era
essa sensação de liberdade.
Exercito
aqui minha habilidade de me expressar, e sem me sentir
(completamente) julgada e, melhor, sem ser cortada ou
excluída. Finalmente arrumei um local em que posso ser eu
mesma sem ninguém dizendo que sou estranha ou indesejável…
Consegui
isso no ficdom, e no AE.
A
ideia do AE sempre foi, e sempre será, um canto em que eu possa
dizer o que penso—isso
se estende aos outros administradores, tanto que temos uma tag
chamada “opinião”. Como eu sempre sonhei
com
um determinado tipo de conteúdo disponível no ficdom—artigos
sobre
o ficdom—,
e
nunca achei, pelo menos não nos blogs mais conhecidos, juntei os
dois em um só e assim nasceu o Anotações Esparsas. Aí
está a curiosidade que ninguém queria saber, yay!
(Bom,
o AE em si é um blog que ninguém pediu que existisse em primeiro
lugar… heh, quem liga? E vamos de pretensão cof
cof.)
Algumas
fanfics fracassadas depois, sucesso com Relíquia das Almas: O
Conto da Espada
Futuramente
farei um post elaborando sobre minha linha do tempo como escritora,
mas nesse
post aqui importa
falar de Seja
Otimista.
Seja
Otimista, ou SeOt, foi um projeto de 2017/18 que tinha tudo pra
dar certo… exceto que não tinha.
Vejam
bem, no primeiro post do blog, lá de dezembro de 2018, eu comento
brevemente sobre essa fic; disse que daria certo se não estivesse
ferrada na premissa, mas a verdade é que não daria certo nem se
tivesse premissa pra contar. Seja
Otimista
é uma história problemática (assim como muitas são quando a gente
está começando a escrever) que romantizava relacionamento entre
meio irmãos, ou seja, incesto,
além de falar superficial
e irresponsavelmente
sobre anorexia.
Recentemente
eu achei a pasta com as anotações da fanfic. Tentei salvar algo mas
tirei só uns dois ou três diálogos de menos de um parágrafo
curto, e o resto foi pro lixo. Hah, quem amou?
Eu
passei 4 meses planejando aquele treco, e apesar dos pesares, não,
não me envergonho daquela fic: por causa do fracasso que SeOt foi,
Relíquia das Almas: O Conto da Espada está indo pra
frente.
Eu
aprendi que tinha que estruturar minhas histórias antes de mais
nada, aprendi qual a melhor forma pra eu
organizar a outline dos capítulos, descobri que
odeio desenvolvimento de personagens (sim, desde aquela época)…
SeOt não foi o primeiro projeto que deu errado mas foi a culminação
de vários outros projetos errados, e deu quase certo pela primeira
vez—aliás
deu muito
certo considerando que eu terminei de planejar essa fic! Era uma fic
horrível? Era. Mas eu terminei de planejar ela inteira e ia ter 16
capítulos, e eu tinha 16 anos, então me dá esse desconto, okay?
Okay.
Cá
pra nós; nos meus sonhos
ambiciosos, dentro de alguns anos o AE viraria referência no ficdom
brasileiro, assim como, na época que eu comecei, o blog da Liga dos
Betas era. Porém independente de se o blog crescer assim ou não,
acho importante pelo menos tentar popularizar a ideia de que
precisamos normalizar amor-próprio por nossos erros. No
Twitter já veio mais de uma pessoa, curiosamente, me dizer que se
sentiu inspirado pela forma como sou caprichosa e organizada com
minhas fanfics, e que me ver ser assim os fazem serem assim também.
Poxa,
seria legal se outra ideia minha se difundisse, não? Modéstia
parte, claro. Pois vejam só: a
gente vive sempre acanhado, inclusive somos ensinados
a sermos
acanhados. Nessa vibe aterrorizante de cultura de cancelamento, somos
instigados a temer todos os erros que já cometemos e a não errar
nunca. Gente? Não sei se avisaram mas isso é, tipo, impossível?
Assim, né, só dizendo.
Somos
ensinados a sentirmos vergonha de
proclamar
que estamos bem. Que estamos felizes. “Ah, porque alguém pode se
sentir mal com isso.” “Ah, que é presunção sua, nem é isso
tudo.” “Ah, que pipipi popopo.” Estou honestamente, e
inegavelmente, e profundamente
cansada
dessa
palha assada toda, sério.
Sugiro uma revolução; vamos fazer comemoração
virar modinha.
Não
há razão lógica pra se impedir de admitir que, sim, você fez um
bom trabalho, ou sim, o trabalho que você fez tempos atrás está
feio, mas já que agora você reconhece isso, bom, significa que está
pronto pra fazer algo melhor, não?
Falar
na sua conta do Twitter, no seu Facebook, no seu Instagram que você
está feliz pelo que fez e que cresceu não é convencimento, e mesmo
se for, e daí?
Isso é crime por acaso? Você não tem direito de estar convencido
pelo seu esforço ter rendido frutos, não?
Cara,
escrever bem dá um trabalho do cão—exige
pesquisa, planejamento, perseverança, autoconfiança, inteligência
emocional e social, compaixão… é extenuante,
trabalhoso, demorado e tem pouquíssimo ou nenhum retorno, e as
chances de ter mais que pouco retorno são minúsculas; deu seu
sangue e suor num projeto e ele flopou? Bom, que se dane,
responsabilidade sua! É essa verdade que encaramos toda vez que
abrimos o editor de texto, e mesmo assim fazemos, e aí entra algo
ainda mais difícil, que é fazer as coisas unicamente por
você
numa sociedade que não só hipervaloriza as coisas que servem pra
terceiros, como também só
respeita
hobbies que são monetizados.
A
gente pisa num planeta em que todo mundo está, por todos os lados,
minimizando o que é feito “apenas”
por amor, e que quer enfiar capitalismo em tudo quanto é buraco, e
você vem me dizer que eu, que vou contra a maré e faço algo que eu
gosto porque eu gosto, não posso ficar feliz com minhas vitórias?
Com meus progressos? Ah,
vai catar coquinho e aproveita tropeça e quebra a fuça, vai.
Posso
sim.
Não só posso como devo.
Devo ficar feliz sim,
e servir de exemplo pra que as outras pessoas também fiquem felizes,
para
assim, quem
sabe, popularizar no ficdom essa visão saudável das coisas.
Seres
humanos são imperfeitos e é preciso aceitar essa imperfeição,
mesmo que ela seja chata; afinal, todo mundo comete erro, mas, pelo
menos, a gente pode aprender deles, né?
Eu
brinco de “tacar fogo” e “apagar da existência” todas as
minhas fics ruins, mas sendo sincera… eu não mudaria nada. Todas
elas me permitiram ser a escritora que sou hoje, e eu amo a escritora
que sou hoje. Queria que mais pessoas pensassem assim, e quem sabe
desse jeito a gente deixe
de se
punir
tanto quando escrevemos um “ai” torto…
Bom,
acho que isso significa… um brinde ao fracasso de SeOt!
(Aliás
eu fiz uma thread no Twitter falando das pérolas que achei em SeOt.
Favor me dar biscoito na
redezinha do passarinho azul,
agradecida.)
Mas
aí
vem a insegurança: sou capaz de escrever essa
fanfic, afinal?
Nem
só de otimismo e pensamentos saudáveis viverá a fanfiqueira,
portanto, sim, vamos falar das inseguranças que tive até agora.
A
primeira foi de que eu tinha medo de que o que eu tinha escolhido pra
fic não fosse algo interessante de ler. Na verdade eu ainda tenho
essa dúvida, mas só nas vezes que lembro de ter; pra ser sincera eu
ando tão esquecida do que tenho planejado pra história que, quando
pego no planejamento dos capítulos, é quase como se eu estivesse
lendo algo escrito por outra pessoa.
Porque
eu literalmente esqueço o que tenho planejado…
…Então
não tem como me sentir insegura se não me lembro do que me causa
insegurança.
…É.
Olha, eu sou uma pessoa esquecida, okay? Me dá uma trégua.
Hoje
em dia estou bem mais tranquila, tanto por essa questão do
esquecimento (sim, é um fator válido; cada um tem o mecanismo de
defesa que merece, suponho), quanto por causa da aprendizagem de que
o que importa é a execução. Histórias completamente sem ação
conseguem ser cativantes, então a minha, que tem um pouco de cada
coisa costurado uma na outra, certamente será também, tudo por
causa da forma que escreverei.
É
importante que eu sempre tenha isso em mente: uma ideia pode ser
interpretada de milhares de formas por diversos escritores, e ser bem
ou mal executada. E eu consigo executar bem essas ideias! É só
estudar a técnica e dar meu melhor.
Se
eu voltasse no tempo diria isso a mim mesma—“você
está indo bem, continue”. Até porque, como sempre digo pra mim
mesma, estou na minha primeira fanfic, óbvio que vou errar adoidado.
E
tá tudo bem isso também!
(Novo
drinking game: beba uma dose de tequila pra cada vez que eu disser “e
tá tudo bem” nesse post. …Aproveite sua cirrose.)
Se
eu errar agora, no futuro posso fazer melhor; e mesmo nesses
capítulos atuais, como está demorando pra planejar tudo, pode ser
que eu tenha tempo pra consertar um ou outro erro, que eu tenha
ideias novas que implementem as velhas, que seja só paranoia minha…
eu fico feliz que esse medo não tenha me parado na época, mas fica
aqui a reflexão pro meu futuro eu de que, de
fato,
não há o que temer.
Outra
insegurança que eu tinha era que RdA não se adequava completamente
à estrutura que eu tinha escolhido. Inclusive isso estava me
perturbando até pouco tempo, e eu cheguei, pasmem!, a cogitar
replanejar tudo de novo e fazer do zero. Claro que essa ideia de
pirada,
completamente fora da casinha e
enlouquecida-que-precisa-ser-tacada-num-hospício
foi descartada logo após, mas que fique registrado que de vez em
quando eu deliro também.
(Não
que isso seja uma novidade, mas vamos fingir que é pra não machucar
meu ego, visse?)
Esse
é outro obstáculo atrelado à questão de que estou aqui pra
aprender a fazer as coisas, errar e consertar, e é isso aí. Sendo
um projeto grande como é, RdA certamente teria furos, não
importasse o quão cuidadosa eu fosse, e se no fim de tudo e reler
tudo e achar o timing meio off, bem, que seja, né? Cada enredo vai
se portar de uma forma, nenhum vai se adequar completamente a uma
fórmula específica. Como uma vez li no Reddit, “a gente não
aprende a escrever romances, aprende a escrever o romance que estamos
escrevendo agora”. Eu posso ter um processo geral, mas cada projeto
vai exigir algo diferente, me ensinar coisas diferentes e ser
diferente, e é isso. Resta apenas aceitar ou aceitar. Não faz mal!
De vez em quando gosto de desafios hihihi.
Bom,
e a próxima insegurança que identifiquei, dessa vez no EP #8 de NE&A, foi o medo de que meu então mais novo sistema quinzenal
não funcionasse. Funciona. Funciona sim.
Mas
eu tenho que levantar e escrever, né.
Aqui
entra minha preguiça e procrastinação usual, que é algo que venho
tentando mudar com métodos como “post-its com frases bonitas” ou
“me forçando a sentar e escrever os textos”. O segundo método
funciona mais que o primeiro…
Ah,
e também tem a Melody. Melody é uma amiga minha por quem tenho
muito carinho, e agora tem título de minha patroa pois pedi pra ela
encher meu saco pra não me deixar procrastinar demais. Superefetivo,
recomendo. Me fez completar mil e quinhentos textos nos últimos
trinta dias.
A
lição aqui, suponho, é confiar no método e, bem, seguir
ele, né; método algum escreve seus textos por você. É
triste, eu sei, eu sei.
Eu
sou muito mole e tenho picos de energia aleatórios, e pra terminar
muitas coisas em pouco tempo eu preciso fazer mais do que esperar a
dona vontade de escrever vir. Conversar
com a Melody e ter ela pra me chamar atenção tem funcionado pra mim
pois acho divertido, e o senso de responsabilidade aumenta pois eu
sou muito de fazer as coisas mais pros outros do que pra mim… o que
é algo que tenho que trabalhar em mim, mas shh, o ponto não é
esse.
Desde
o momento que me organizei assim—uma
quinzena pra rascunhar, outra quinzena pra reescrever e publicar
capítulo—,
excetuando
as questões pessoais, tenho, sim, conseguido manter um cronograma
razoável pra longfic.
Quando
eu sento a bunda na cadeira e escrevo, isso é.
Pouco
tempo após veio ainda outra insegurança, mas essa vocês devem se
lembrar pois é de um post recente—“será
que consigo terminar uma fic tão grande? Quanto tempo isso vai
levar?”
Antigamente
eu estimava que conseguiria postar tudo de RdA em 2019 inteiro,
parando no Natal; que teria 30 ou 35 capítulos apenas. Depois eu
comecei a suspeitar que seria maior… com, talvez, 50 capítulos…
Hoje
sei que essa fic com toda certeza e lágrima do mundo passa dos 100
capítulos até o fim dela, e que terá palavras o suficiente pra
fechar, no mínimo, uma duologia inteira. Quando idealizei a longfic
eu não queria algo grande assim; queria, sim, algo longo o
suficiente pra ser slowburn, mas fui tanto nessa nóia que agora tá
tão slow que nem burn mais… meu Deus, socorro—
Ainda
não me conformei que vou demorar muitos anos pra terminar essa fic,
mas estou quase
lá.
Outras fanfics nascerão, serão finalizadas, livros originais
nascerão serão finalizados… e eu ainda postarei
capítulo de RdA…
Como
vocês, autores de fanfics excepcionalmente grandes, aguentam? Não
é, sei lá, desesperadora a ideia de passar anos a fio preso
a um projeto? Já ouvi de pessoas que passaram mais de dez anos com
uma história só… nossa, dá vontade de chorar só de pensar.
Eu
sei que se tiver que ser assim, será, mas farei minha parte e
tentarei encurtar ao máximo esse tempo—quero
terminar RdA bem, e antes cedo que tarde. Espero eu antes dos 30
anos!
Falemos
também do perfeccionismo e senso de responsabilidade
Isso
é algo mais meu que qualquer coisa, mas que se acentuou desde que
comecei a me coordenar
mais com minha escrita e com o blog, até. O grandessíssimo…
sentimento de culpa de quando não cumpro meus prazos. Oh,
sim. Ele mesmo.
Em
especial nas épocas em que estou com um nível absurdo de energia e
empenho, e ainda sim não consigo as coisas, costumo me sentir muito
mal, decepcionada mesmo. Eu constantemente repito pros meus amigos
fanfiqueiros e artistas em geral que eles precisam pegar mais leve
consigo, mas quando é comigo…
Eu
reconheço que isso não é nada saudável, e já estou trabalhando
nisso; tenho melhorado bastante, modéstia parte, embora haja muito
no que trabalhar ainda. Sou
do tipo que não suporta recaídas—quando
pego pra fazer algo, eu quero que seja perfeito,
e quero que o processo de concepção seja linear, sem qualquer
entrave.
Me dedico muito em tudo o que faço, então espero que, magicamente,
esse capricho me renda um status quo que simplesmente não
vai
acontecer.
Nem
tudo vai dar certo, nem tudo vai ser sem trancos e barrancos, e tá
okay. E também se não estiver, eu que lute; não serei a primeira a
chorar por isso e nem a última, o universo não vai mudar a ordem
das coisas ao meu comando. Estou assimilando
tudo… gradualmente, mas assimilando.
É
difícil pra uma pessoa como eu, mas é o que temos pra hoje. Aprendi
muito esse ano, e espero aprender mais no próximo, e no seguinte, e
sempre. Não há vergonha em tropeçar, me estabanar, soluçar,
pausar. Devo dar tempo ao tempo. Tudo se encaixará, no final.
Vou
aprender a equilibrar capricho com responsabilidade, e também a
voltar a enxergar minhas fanfics e ao blog como uma fonte de
diversão, e não um fardo.
(Eu
tenho que fazer isso. Não é uma opção, é uma ameaça. Ou
eu vou, ou eu vou. Eu do futuro, você nem se atreva—)
Um
pouco sobre escrever Relíquia
das Almas: O Conto da Espada
Uma
coisa facilmente observável é que eu sou lenta que nem uma lesma
pra tudo. Não,
tudo bem, não precisam ter medo de me dizer isso. Eu admito. Fazer o
quê, né?
E,
reconhecendo isso, na
época que estava planejando a fanfic eu me dei um espaço beeeeeem
loooooongo pra terminar tudo. Acabou que eu não cumpri mesmo assim,
mas,
por causa desse espaço, consegui quase cumprir a meta. Metade
é melhor que nada, não olha assim pra mim.
É
pertinente
falar disso porque estudar o próprio ritmo e construir seu processo
ao redor dele, invés do contrário, é o mais saudável na
minha opinião,
especialmente no ficdom. Como sempre ressalto, fanfic é um hobby e
precisa ser cultivada dentro dessa noção de “é pra diversão”;
quando a gente põe pressão em si mesmo, perde a diversão, né?
Bom,
a
menos que você seja masoquista, mas aí já são outros quinhentos—
Depois
de muito experimentar eu vi que pra entregar conteúdo bom, só
levando tempo, não tem jeito. Lições aprendidas aqui e acolá e
acabei sentando com o sistema quinzenal. Meus capítulos, agora,
estão ficando entre 5k—10k
palavras, o que é razoável pra um período de quinze dias. Juntando
isso com o novo sistema do AE, que diminui drasticamente a quantidade
de posts por ano que os administradores precisam redigir, desde que
eu siga meu cronograma, consigo tudo.
Claro
que tem impedimentos inescapáveis, como eu disse anteriormente no
post, mas num geral dá certo.
E
isso porque eu aceitei que, sim, eu demoro muito pra escrever porque
tudo o que escrevo fica grande pra cacilda, e é isto. Ou aturo ou
surto. Preciso guardar meus surtos pros husbandos e waifus 2D, então
me resta aturar. Pois é, pois é.
Em
suma: o maior conselho que dei a mim mesma foi não prometer data pra
nada, pois aí posso furar prazos sem medo. Não, espera—
Outra
questão sobre escrever pra RdA foi experimentar, em primeira mão, o
quão complicado é escrever personagens com vozes diferentes. Eu sou
uma pessoa brincalhona, sarcástica e amiga, então personagens assim
são meu forte; taca-lhe autoprojeção e vamos que vamos! Agora,
quando as características predominantes são diferentes… nossa,
que tristeza. Tipo, é satisfatório ler depois porque fica real, já
que ninguém é igual a ninguém, mas dá um trabalhão que vou te
contar, viu.
Tenho
que pensar nas variações do modo de falar, da linguagem corporal,
do código de morais, nas intenções de cada personagem dentro do
enredo, de como cada uma ali interage com as outras, de como elas
pensam de si mesmas… essa vida de ventríloquo é difícil! Pra
reescrever e manter tudo nos eixos eu preciso ter as fichas das
personagens sempre abertas e ainda sim deixo algo passar. Antes eu
achava desenvolvimento de personagens difícil, agora estou indecisa
se odeio mais isso ou a aplicação
dos conceitos desenvolvidos.
Um
minuto de silêncio, também, pelas cenas que precisam de uma
atmosfera específica que eu não posso criar do nada. Menções
honrosas: cenas de comédia, de angst e de sexo. Bom, pras de sexo eu
tecnicamente posso contar com o período fértil, mas err… pois é,
pois é. Complicado.
Todo
escritor já teve hibernação criativa (popularmente conhecida como
“bloqueio criativo”, mas
prefiro a terminologia mais amena),
mas me escuta—empacar
nos capítulos por causa de atmosfera é pior.
Me lembro que com os C4 e C5 de RdA eu sofri que quase enlouqueci de
vez, e até hoje não estou completamente satisfeita com as piadas
que fiz neles. Ainda
não encontrei nenhuma saída pra esse tipo de empecilho, e prevejo
explodir de estresse muito mais vezes durante essa longfic e nos
outros projetos. Quanto a escrever em si, definitivamente a coisa que
mais odeio!
E
falando
em atmosfera, sabiam que a atmosfera das cenas me afetam? E também o
humor das personagens em foco? Pelo que pude observar, isso é algo
que acontece com basicamente todo escritor, mas eu não fazia ideia
até acontecer comigo. Durante a leitura de alguma obra que seja bem
escrita, fico imergida na narrativa e me imagino nos pés das
personagens, de forma que sinto o que sentem, mas, por alguma razão,
não me passou pela cabeça que quando eu fosse escrever, viveria
a mesma catarse…
(Cuidado
com a burra, a burra tá passando.)
Um
exemplo claro foi quando eu estava finalizando os capítulos 3 e 4 e
passei uma quantidade exorbitante de tempo dentro da cabeça da chata
da Elesis. Questionei todas as minhas gerações escrevendo aquela
sequência—como pude virar stan dela? Como pude escrever fanfics
sob o ponto de vista dela? O que vi nessa criatura abençoada que bem
merece um tapa na cara pra deixar de ser vacilona?!
Ninguém
sabe ao certo. Segue sem resposta. E, com isso, adicionemos “escrever
sob o ponto de vista de personagens orgulhosas” na lista de “itens
que me cansam a ponto de eu querer deitar na cama até que ela me
engula e eu cesse minha patética existência”!
Eu
acho que estou de boas se for um defeito meu, sabe? Se for um avatar
que tenha algo que eu desgoste em mim. Até aí, okay. Mas ter um
defeito que eu absolutamente não
suporto—como
no caso do orgulho—é
de cair o fiofó da bunda, véi.
Todavia,
cada processo dentro do processo (isso
conta como pleonasmo?)
de criar RdA foi divertido da
sua própria forma. Se eu fosse dizer o que acho mais difícil em
escrever, hm…
seria lidar com a insegurança.
Pra
tudo na arte tem método certo, plano certo, mas pra dúvida de se,
afinal, vale a pena ou não, só tem você e você. O mais difícil
pra mim não é planejar uma fanfic de potencialmente mais de cem
capítulos, nem rascunhar e reescrever cada capítulo, e nem cerzir
arcos da personagem com enredos verossímeis e cativantes, e tampouco
apresentar isso pra internet.
O
mais difícil pra mim é abrir o Libre Office, olhar pro cursor
piscando e escrever, mesmo com mil vozes na minha mente me dizendo
que pode ser que tudo dê errado. Preciso
ter sempre um pé na humildade pra reconhecer que não sou melhor que
ninguém, e um no narcisismo, pra acreditar que importa fazer isso
mesmo que seja “só” pra mim.
Azar
de artista, suponho? Bom, fica aí a ponderação.
Muda
daqui, muda acolá—e quanto RdA mudou!
Pra
não perder a chance, também quero falar sobre as mudanças que
houve de lá pra cá. Vou fazer em lista porque eu posso, e é isto.
E quem discordar que discorde aí na sua quarentena!
- O título da fanfic. Toda vez que começo um projeto, eu crio um “título provisório” pra ele; não consigo trabalhar em nada que não tenha um título, nem que seja uma coisa zoada. Lá em 2018, quando essa fic era uma sementinha piquititinha e eu só sabia que envolvia o Lass reclamando da vida e a Elesis fazendo ele ter motivo pra reclamar da vida, o título provisório era… Vende-se Ruivinhas. Isso mesmo o que você leu. …Desnecessário dizer, eu precisava de algo melhor—aí depois de surtar na DM do Instagram da minha amiga Akemi, tive a ideia de pôr “Ígneo Rubi: O Conto da Espada”, unicamente pelas seguintes razões: 2. eu gosto da palavra ‘ígneo’, e 2. é a história de uma espada (exceto que ela não é, exatamente, uma espada). Mas acabei mudando porque nenhum rubi pega fogo na fic, o que é uma pena, realmente. E aqui estamos nós.
- A sinopse. Geeeente, como essa sinopse mudou. Putz grila, a sinopse mudou demais. Eu ainda acho que mudarei ela de novo porque sou bem ruinzinha com resumos (não que vocês já tenham notado que não sei ser breve e nem nada, pfft, que ideia né), mas fica aí a contagem de vezes que a sinopse de RdA mudou em apenas um ano: três. Isso é uma mudança a cada quatro meses—putz, Mira, tá com faniquito na bunda?!
- O nome das antagonistas. A minha briga com desenvolvimento de personagens ainda se tornará piada interna no ficdom, escreve o que eu tô te falando. Veja bem: quem hoje se chama Victorio Hansdottir já se chamou Vidor Vane Eadslorrah, e antes disso já se chamou Vishal Vane Eadslorrah. Curiosamente todo mundo lê como “vixal”, mas na realidade é “vis-hal”; bom, enfim. Já a Justice teve menos mudanças—anteriormente se chamava Derridre (mais um pouco e vira uma bunda francesa, mas que sou eu pra reprimir meus gostos antigos, não é mesmo?). Mas ela quase se chamou Rosalurdes, então tem isso, né.
- Aparentemente a Justice também era uma tal “Bruxa Lunar” mas eu não faço ideia de qual conceito era esse. Claramente estava grogue de tanto suco de maracujá no dia que inventei essa moda.
- A frequência de postagem da fic. Essa não vai ser nenhuma surpresa, mas vou falar mesmo assim pois ainda não superei: inicialmente eu queria atualizar semanalmente, tanto é que imaginei que ia dar pra postar tudo até o Natal de 2019. Logo aprendi que escrever leva tempo, aí mudei pra bissemanalmente. Não deu. Agora está mensal… assim, né, no papel; a verdade é que eu apareço quando dá hihihi. Daqui a pouco a fic vai virar história de atualização anual…
O que eu faria de diferente, hoje em dia
Com
isso, reservarei o direito de sintetizar as lições aprendidas na
marra. Nada como um tapa na cara, digo, nada como o tempo, não?
- Terminaria de planejar a fanfic toda antes de começar. Ok, tecnicamente eu não sabia tudo o que teria que fazer pra fic, mas eu já sabia muita coisa, e mesmo assim deixei pra lá. O resultado é que agora tô tendo que correr atrás de tudo que nem uma desembestada, a tempo de não quebrar o cronograma mensal da fic, e a maioria das tarefas demandam bastante tempo. Lembrete pro futuro: deixa de ser preguiçosa!
- Trabalharia no projeto com maior frequência. Por eu ser muito preguiçosa (tópico recorrente, se acostumem), eu deixava tudo pra lá quando tinha tempo, então quando estava perto das datas eu tinha que fazer várias coisas ao mesmo tempo pra não atrasar ainda mais. Daqui pra frente preciso manter a frequência de “poucas coisas todo dia” invés de “muitas coisas num dia só”. É mais saudável, menos pesado e, sinceramente? O certo. Quem vê até pensa que estou fazendo um trabalho em grupo, de tanto que deixo tudo pra cima da hora…
- Teria objetivos menos ambiciosos, mantendo as coisas mais simples. Naquela época eu queria terminar uma longfic inteira em um ano só, fazer fanart, trailer, capa, ser bestseller do New York Times, comprar um outdoor no Empire State, subir no Cristo Redentor e gritar pro Rio de Janeiro inteiro ler minha fic e mais meio mundo de coisas. Whoa, calma aí. Ainda quero, um dia, fazer isso (excetuando tudo o que vem após o outdoor no Empire State, claro), mas eu estava sonhando com coisa demais pra uma primeira fanfic. Esse tipo de material extra demanda tempo e organização—só aprender a manejar uma longfic, pra esse primeiro empreendimento é uma meta de bom tamanho.
O que me orgulho e não mudaria, não
Não
nos
esqueçamos
das lições
positivas, hein.
Segue:
- Sempre manter em mente que todo progresso é um progresso. Se eu tivesse tido contato com esse pedaço de sabedoria no início do meu Ensino Médio, a cara das coisas seria outra; é uma dica que se aplica a tudo, e me ajuda imensamente a não descarrilar quando estou mal. Vai ter dia que escreverei mil palavras em uma hora, e tá okay. E vai ter dias que escreverei cinco frases em uma hora, e tá okay também. Os dois são válidos. Os dois me aproximam ao fim da fic. E os dois são coisas que terei que aceitar, querendo ou não.
- Ter orgulho do meu capricho e estar contente em falar do projeto. Eu parto do princípio de que, se não estou incomodando ninguém, posso resmungar do que bem entender—meu perfil, minhas regras. Decidi usar o blog e minhas fan accounts pra resmungar das minhas felicidades, e isso se mostrou uma ótima prática! Quero continuar assim, desavergonhadamente orgulhosa da minha escrita. Acho certo.
- Ter paciência de reescrever e revisar tudo antes de postar, mesmo que estivesse ansiosa pelo feedback. Esse é um efeito colateral do perfeccionismo; não suporto a ideia de ter algo objetivamente ruim na minha conta de fanfiqueira (tanto que a mão coça pra reescrever as fic, tudo), então sempre vou um passo a mais na hora de postar algo. Muitos podem considerar “demais” pra “apenas” uma fanfic, mas eu considero o básico. Porém é algo trabalhoso, não nego, então é válido me elogiar pois eu poderia simplesmente tacar tudo pro alto e postar de qualquer jeito, mas aqui estamos nós, não é mesmo? Sinto gosto em ter obras que sei que fiz meu máximo pra deixar o máximo, na minha conta. Continuarei com isso.
- Sempre ver os projetos fracassados como degraus, e não buracos. Eu escrevo há quase dez anos, então é evidente que já droppei muitos projetos. Apesar disso, olho pra todos com muitíssimo carinho, e não me arrependo de nenhum deles—me ajudaram a, um dia, acertar, então estamos no lucro. Outro ponto positivo pra mim.
- Confiar no método, mesmo sem confiar em mim mesma. Não passei por nenhum obstáculo portentoso, mas algumas interrupções chatas que poderiam ter me desanimado (apesar de que sou uma pessoa perseverante de natural… hm…), mas confiei que o que tinha estudado sobre escrita ia ser o suficiente pra sair dessa empreitada com, pelo menos, algo, e essa coragem está dando certo até agora. Foi o primeiro passo que eu precisava, e que dei mesmo com medo do resultado—kuddos pra mim!
- Aprender com os outros e me organizar. Como disse, nesses quase dez anos de experiência eu estudei bastante sobre escrita, aplicando em vários projetos que falharam comicamente, mas deixa quieto. Ter revirado a internet em busca de tutorial sobre técnicas narrativas me rendeu um repertório de processos alheios que eu poderia experimentar ou misturar, e estar com a mente aberta pra isso também foi um fator pro meu sucesso.
Pra minha eu do futuro
Pra
mim, que desejo estar firme e forte dentro de um, três, seis, doze
anos e mais—meus
parabéns pelo que conquistou até então. Lendo isso aqui de novo,
se eu conversasse contigo, me orgulharia da pessoa que me tornei?
Anelo
que sim.
Anseio
que você ainda ame sua fanfic com todo o seu coração, e que
continue sempre se esforçando em escrever bons textos, mesmo que dê
tudo errado, mesmo que ninguém te leia, mesmo que te canse ser tão
rígida assim—no fim, na hora de abrir o arquivo e ver a prosa
límpida, valerá a pena. Eu amo muito abrir meu perfil e ver
Relíquia das Almas: O Conto da Espada lá. Você também não
ama?
Que
a escrita siga sendo seu refúgio e o capricho seu cerne, e que não
se canse do enredo após ter passado tanto tempo com ele. Não, isso
não—você vai cansar. Vai
ter uma hora que vai olhar pro caminho adiante e vai lhe subir
lágrimas de estresse, desgosto e desânimo. Espero que quando chegar
nesse momento você pause, mas retome eventualmente. Mesmo que demore
anos. A fanfic vale a pena! A
escrita vale a pena! Não desista dela, por favor.
Pense:
provavelmente está difícil manter o pique, mas não tem pressa
alguma. Okay que seria legal terminar tudo antes de fazer cinquenta
anos… mas se precisar fazer cinquenta anos, ok também. Não é um
projeto de vida, é uma fic. E você pode trabalhar em outras
paralelas a essa! Pode terminar essa longfic enquanto trabalha em
outras fics, em histórias originais, em outros projetos, até. Todo
progresso é um progresso. E se precisar deixar as atualizações
escarças, realmente quase anuais, tudo bem também, eu prometo. Não
tem prazo pra entregar nada, terminar nada. Lentamente é melhor que
nunca.
Só
não desista dela—é
sua primeira fanfic, e deve acabar sendo seu maior projeto. Imagina
terminar tudo e um dia poder encomendar uma cópia física dela?
Terminar tudo e ver no perfil aquele monstrinho com mais palavras do
que há megabytes de espaço no Google Drive? Terminar ela e ela
tornar-se
a
fanfic favorita
de alguém?
Cumpra
a promessa que estou fazendo hoje e termine essa fic. Lembre-se do
porque começou, e da sensação de ter terminado.
Não
se decepcione.
E, por último, aos meus leitores: obrigada por tudo
Por
último, mas não menos importante, uma carta direta aos meus
leitores: obrigada.
Por
hora são poucos, e embora eu sonhe em ter muitos um dia, ainda sim
são mais importantes do que posso pôr em palavras. Devem continuar
sendo os mais importantes de todos, pois sempre serão os
primeiros—as primeiras pessoas que deram uma chance a essa
fanfiqueira surtada, flopada e sumida e não só leram a fanfic, mas
comentaram nela.
Quando
estou triste, eu releio os comentários e a emoção de ter alguém
apoiando minha arte é indescritível; é sempre tão bom quanto foi
na primeira vez que li o comentário.
Quando
penso em como será exaustivo trabalhar em RdA, me lembro de vocês,
que me disseram que estou fazendo um bom trabalho e que esperam
ansiosamente pelo próximo capítulo. E escrevo com gosto e zelo.
Quando
não sei o que fazer com a fic, recordo-me que tem gente que se
identificou com as personagens, que riu de uma passagem ou se
emocionou com outra, e dedico meu renovado fôlego a essas pessoas. E
essas pessoas são vocês.
Como
uma pessoa que quase sempre invocava indiferença ou até desdém com
as coisas que amava e criava, não posso agradecer
suficientemente. Obrigada por tudo, cada palavra, cada interação,
cada clique, cada vez que sequer pensaram na minha fic com carinho.
Continuo Relíquia
das Almas: O Conto da Espada
grandemente por causa de vocês.
Quero
também pedir desculpas se errei ou errar, algum dia, especialmente
com representação de vivências que não são minhas. Me esforçarei
ao máximo pra ser sensível e realística sempre, mas quando errar,
peço que me eduquem e não desistam de mim.
Vou
prosseguir dando meu melhor
e espero que continue satisfazendo
vocês. Que RdA seja uma fic que vocês guardem no coração, assim
como guardo vocês; e que eu seja uma autora em que vocês possam
confiar a entrega de prosa agradável e cativante.
Até
lá, tenham paciência comigo—estou aprendendo tudo ainda. E
obrigada por estarem aqui.
*
Sempre
sonhei em, um dia, ter uma obra no meu perfil que tivesse anos de
vida—e
hoje minha primeira fanfic está completamento o seu primeiro ciclo.
Estou
tão
feliz, tão
feliz,
sério. No grande plano das coisas é algo bobo, mas pra mim
significa muito. Obrigada a todos que me apoiaram, me
incentivando pra
que
eu chegasse aqui.
Lembrando
que Relíquia
das Almas: O Conto da Espada
está disponível no Nyah! Fanfiction, Social Spirit e Wattpad; ela
foi atualizada recentemente… porque não conferir pra não correr o
risco de ter perdido a notificação? Me digam o que acharam, hein.
E,
como não poderia deixar de ser, peço também que inscrevam-se por
e-mail para não perderem notificações de posts novos do AE.
Sigam-nos também no Instagram
e Twitter, aproveitando a deixa hihihi. De vez em quando os adms
surtam por seus projetos mas o AE também tem outros tipos de
conteúdos que interessarão fanfiqueiros de todo tipo! Obrigada pela
sua atenção e até o próximo olá!
E
aí, você já leu minha fanfic? Quer deixar alguma mensagem pra mim?
Pode comentar aqui embaixo!
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