A Jornada Do Escritor - EP #1


Episódio 1
*

Gente, este ano completam seis anos que eu me dedico a escrita criativa e nem posso acreditar que o tempo passou tão rápido. Ao mesmo tempo que eu surtava com a minha parceira de blog e tentava buscar ideias para novos posts, cheguei à conclusão que uma série sobre tudo o que eu descobri, aprendi e vivi nesses seis anos escrevendo poderia ser divertido e bem nostálgico.

Quando se trata de escrita, estamos falando sobre muitas mais coisas do que apenas palavras em uma página do word, descobrir o mundo da escrita e descobrir-se como escritor é algo surreal e, digo com conhecimento de causa, muda a sua vida completamente. Todos nós temos a nossa história com a escrita, e cada uma delas é única e a carregaremos para sempre, portanto, é isso que quero discutir com vocês, esta é a minha história com a escrita e como ela se tornou algo essencial em minha vida, espero que gostem.

2014
Ah 2014! É aqui que tudo começa.

Digamos que, 2014 foi um ano bem complicado para mim, MUITO MESMO. Não quero entrar em detalhes, mas foi um momento da minha vida em que estive muito sozinho, eu quase não tinha amigos para conversar, era só a minha família, meu computador e eu.

Eu passava as tardes assistindo Hora de Aventura e outros desenhos do Cartoon, com a minha tia e disso, eu realmente sinto saudades. Nós sentávamos na sala de estar, ligávamos o ventilador e fazíamos maratona dos episódios como se não houvesse amanhã.

Eu também amava ler teorias sobre o desenho, principalmente, sobre a famosa Guerra Dos Cogumelos e certa noite, depois de passar horas na frente do monitor do computador lendo sobre, deitei-me para assistir, por coincidência, estava passando um episódio de Hora de Aventura, era aquele episódio que a Marceline pede ajuda a princesa Jujuba para recuperar o seu ursinho de pelúcia das garras de uma bruxa.

No decorrer do episódio, a princesa Jujuba abre o seu closet e há uma foto das duas (Marceline e Jujuba) coladas em umas portas, aquilo me deixou com a pulga atrás da orelha, já que, supostamente, até aquele episódio as duas se odiavam. Foi aí que tudo mudou.

Por algum motivo, eu digitei no google “Marceline e Princesa Jujuba” e as páginas de respostas eram todas associadas a um site chamado “Spirit Fanfic”. Cliquei em vários dos links e fiquei surpreso ao descobrir que todas páginas levavam a uma espécie de história inventada por fãs sobre o passado das duas, também descobri que havia um nome para aquele shipp: Bubbline.

Então aquilo eram Fanfictions e eu estava viciado, precisava de mais. Eu revirei o Spirit atrás de mais histórias e descobri outras que me deixaram cada vez mais encantado por aquele mundo, li de tudo e um pouco mais, até que eu cheguei a seguinte conclusão: Porque eu não posso escrever histórias para os meus personagens favoritos também?
Eu escrevi VÁRIAS fanfics, mas vou deixar a história delas para outro episódio. Além de companhia, essas histórias escritas por fãs também me incentivaram a ler, escrever e conhecer pessoas novas. Minha mãe sempre disse para eu nunca conversar com estranhos na internet, podemos dizer que... Eeerr, eu a desobedeci, mas mãe, se você algum dia ler isso, saiba que eu tomei muito cuidado e nunca relevei nenhuma informação pessoal, todas as nossas conversas tinham como base as fanfics.

Eu lembro que conheci uma garota chamada Lilih, ela era demais! Nós criamos um grupo no whatsapp, juntamente com outros amigos escritores de fanfics, um grande beijo para a Sophie, Black, Agata e a Fernanda, devíamos ter todos uns doze anos na altura. Neste grupo, nós planejamos uma história original que passar-se-ia em um futuro pós-apocalíptico, eu estava muito entusiasmado com a ideia, mas a história nunca passou do segundo capítulo, mas ainda a guardo com muito carinho nas minhas lembranças.

Alguns amigos de fanfics se afastaram, e alguns deles até perdi o contato, que é uma pena. No entanto, mantenho amizade com alguns deles ainda hoje, como a Fernanda e a Lilih. Gente, a Fernanda me ajudou muito no processo de evoluir como escritor, ela ajudou a refinar os meus textos e, por algum tempo, foi até a minha beta-reader. As pessoas dizem que eu escrevo bem e, se hoje em dia a minha escrita está muito melhor, podem ter certeza que tem uma mãozinha da Fernanda aí.

A Lilih ou Lily (Até hoje não se escrever o nome dela) também me ajudou muito, leu as minhas fanfics e comentou em todas. Em meados de 2014/2015 passamos noites conversando pelo whatsapp, foram bons momentos e que não posso deixar de falar quando o assunto é a minha jornada como escritor.

Como eu disse no começo, o processo de descobrir-se escritor, alguém que ama contar histórias, é muito mais do que escrever, envolve um conjunto de outras coisas, pelo menos no meu caso, eu conheci pessoas incríveis, li histórias que me fizeram amar a leitura e consequentemente, a escrita.

E vocês? Já pararam por alguns minutos para relembrar como entraram no mundo da escrita? Olha, eu não sei vocês, mas não sei como os que não escrevem conseguem manter a sanidade mental, eu gostaria que todas as pessoas do mundo pudessem experimentar essa sensação de criar, escrever, levar os personagens por caminhos diferentes e poder se divertir somente com as palavras.

No próximo episódio, vou falar sobre as mais terríveis fanfics que já escrevi e como, até hoje, me fazem rir e sentir saudades de um tempo que já não volta.
Vejo vocês em breve. XoXo.


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