Ficdom Na Minha Estante - EP #3 | Entrevistamos O Projeto Privection!


Iaê, fanfimores! Sentiram falta da minha pessoa? Digam que sim, por favor—
Enfim estou aqui para marcar minha presença nessa minissérie que tanto deixou a administração do AE animada—estamos em júbilo com o resultado das entrevistas! A de hoje é com o projeto Privection, e você pode conferi-la na íntegra agora mesmo. Segue o fio, fanfiqueiro!



Sobre a entrevista
O Ficdom Na Minha Estante! é uma minissérie de posts organizados pela administração do blog Anotações Esparsas que visa trazer os holofotes para projetos dentro do ficdom cujo objetivo é fazer cópias físicas (livro impressos) de fanfics. Afinal, quem nunca sonhou em ter a fanfic favorita na estante? Bom, esses projetos estão transformando esses sonhos em realidade, e por isso o AE decidiu entrevistar alguns deles. Seguindo com o anterior, que foi com o KaiSooBook, o de hoje é o projeto Privection!


Informações gerais
Privection é um projeto especializado na produção de livros e artigos sobre fanfics. Pode ser encontrado na rede social Twitter sob o nome de usuário @privestories, e também no Curious Cat (@privestories).


Q&A com o Privection
AE: Sejam bem-vindas ao Anotações Esparsas! Antes de mais nada, gostaríamos de parabenizá-las pelo projeto em mãos, e agradecê-las pela chance de entrevistá-las. Para dar início pedimos que apresentem-se. Podem divulgar suas redes sociais e fanfics ativas se assim desejarem.
É um prazer fazer parte desse projeto e ficamos muitíssimo felizes com o convite, muito obrigada.
Quem está respondendo vocês é a Débora. Sou a @debikvothe no Social Spirit e Wattpad. Nossa outra adm, Troye, é a @exotomic.


AE: É um prazer conhecê-las! Ainda nessa vibe de apresentações, podem nos apresentar o histórico da loja? Porque decidiram criar o Privection? Como era, no começo, manejar um projeto desses?
Bom… tudo começou a acontecer efetivamente ano passado, em 2019, quando eu quis dar um presente para uma amiga muito querida. Eu queria dar algo que a surpreendesse, e ela é muito fã das minhas histórias, e eu pensei… “e se eu finalmente criar coragem e dar a cara fazendo um livro da fanfic favorita dela?” Acho que todos que escrevem histórias já devem ter imaginado como seria se tivéssemos a chance de publicá-las, de ter uma versão física, de poder pegar isso do mundo virtual e colocar na nossa estante.
Eu escrevo desde criança. Comecei a postar minha primeira história on-line com uns 11 anos, e algumas pessoas leram e eu pensei: “por que estão lendo isso?” Eu era nova, não sabia muito bem o que estava fazendo, e mesmo assim eu estava amando absolutamente cada segundo. E eu fui crescendo, continuei escrevendo, e escrevendo… e eu nunca parei, até hoje, com 24 anos. Então, sim, eu tive muito tempo pra pensar em como seria ter uma versão física de um livro meu, depois de mais de dez anos publicando apenas na internet.
Então surgiu a oportunidade. Nós não sabíamos nada. Troye me ajudou com as edições, nós passamos um perrengue trabalhando no design (ela que fez a capa do livro e nunca tinha feito uma capa antes, nem nada parecido). De alguma maneira, surpreendentemente, o livro saiu. Deu certo. Claro que não ficou perfeito, mas nós ficamos satisfeitas e amamos cada segundo mesmo com todo o estresse.
Atualmente, quando pensamos que talvez pudesse ser uma ideia legal começar a fazer versão física de fanfics em um projeto, acreditamos que poderia ser algo muito bacana tanto para os leitores quanto para os escritores. Não havia nenhum projeto realmente ativo há algum tempo, e muitas pessoas não sabem nem por onde começar quando querem publicar.
E aí nascemos.


AE: Começaram o Privection para causar nos outros a mesma felicidade que sentiram ao conseguir seu primeiro livro… que história admirável!  Mas manter algo dessa magnitude é complicado, né? Por isso, digam-nos, por favor—conforme o que imaginavam que seria antes de iniciar o projeto, quais expectativas alcançaram e quais coisas foram totalmente únicas?
Alcançamos uma expectativa muito além do que tínhamos pensado inicialmente—no nosso primeiro livro publicado oficialmente na Privection nós vendemos quase 300 unidades! É algo que eu jamais teria pensado, e acredito que seja o mesmo pra Troye.
Porém acredito que o grande desafio são coisas que estão fora do nosso alcance imediato; por exemplo, atrasos de fornecedores/gráficas. Queremos trazer o melhor sempre, mas, ao mesmo tempo, há muitas coisas que não podemos controlar cem por cento. Acho que nessa parte nos frustramos um pouco.


AE: E que dicas foram inestimáveis para que o Privection desse certo?
Acho que… errar. Errar sempre é inestimável, porque é errando que nós aprendemos. Tivemos ajuda de ninguém, fizemos tudo com nossas próprias pernas, e nós erramos muito! Mas errar também foi imprescindível porque foi assim que conseguimos aprender.


AE: Essa é uma visão belíssima, e realística, da concepção artística de qualquer coisa! Nós, do AE, queremos expressar nossa estima pela perseverança de vocês. É muito inspirador. Dicas à parte, podem elaborar quanto ao efetivo processo do Privection? E quanto tempo, em média, leva pra tudo terminar?
Conseguimos terminar tudo em menos de 1 mês.
Processo é: fazer a revisão do texto, a diagramação, para então sabermos quantas páginas terá, e assim conseguirmos fazer a capa (precisamos saber qual será o tamanho do miolo). Então enviamos o livro pra gráfica fazer o teste.
Parece tão fácil escrevendo!


AE: Realmente, tudo na arte é bem mais simples quando a gente só fala hahaha. Bom, qual fase acham mais agradável? E qual é a mais chata?
Eu particularmente gosto muito de fazer a diagramação, fiquei apaixonada por isso. Porém, odeio a parte burocrática de analisar pagamentos (aproveitando o espaço para agradecer imensamente a Lariuska, nossa nova adm que está trabalhando na parte “administrativa” e me salvando da parte que mais odeio!)


AE: Há algum processo de seleção para as obras que ganharão cópias físicas no Privection? Se sim, qual é? Se não, como escolhem em quais obras trabalharão?
Inicialmente fazemos um formulário de interesse. Quando falamos de fazer um livro, precisamos atingir certo número de interessados ou não vale a pena (financeiramente falando, porque quanto menor a quantidade de exemplares, mais caro sai, e às vezes não vale a pena para a loja e para o cliente, que pagará muito mais caro pelo livro). Então é necessário haver uma quantidade mínima de interessados, e claro que também levamos em consideração o quão apaixonante e incrível a história é!
Atualmente estamos trabalhando com indicações, e também com autoras que mostram interesse em ter um livro físico, então começamos a fazer formulários de interesse para verificar se é viável transformá-la em livro sem que fique pesado para nenhum dos lados.


AE: O quão presente o autor da obra é no processo da criação dos exemplares? Ele opina sobre as coisas?
Sim!, com certeza. Estamos sempre em contato para que o autor da obra opine em cada mínimo detalhe, porque acima de tudo estamos trabalhando também com a realização de um sonho do autor daquela obra.


AE: Os administradores do Privection se responsabilizam por alguma correção na prosa antes de enviar o texto pro diagramador?
Sim. Fazemos uma revisão do texto.


AE: Quanto à capa dos livros, quem as faz? E como ela é feita?
Quem faz as capas é a Troye. Ela tem alguma experiência agora, pois fez as capas de Mensurar e Comparar, Time Adversário, Poor Alfie e Psicose. Antes da loja, ela nunca tinha feito uma capa de livro antes, então muito foi feito com pesquisas e determinação. Ela acabou ganhando experiência com o tempo. Pode ser que a loja encomende a capa com algum artista (como aconteceu com Time Adversário), e o autor opina diretamente em cada detalhe enquanto é feita.


AE: O sistema e comunicação de vocês é lindo! Tal profissionalismo nos deslumbra. Mas ainda seguindo com a entrevista, podem nos dizer se algum livro serviu de inspiração pra diagramação e design dos produtos do projeto? E em que software essa diagramação é feita?
Não particularmente. Eu, Débora, que faço a diagramação. Eu tenho muitos livros em casa, então abri diversos deles para ter uma base; uma ideia melhor de onde encaixar o quê.
Atualmente utilizo o Word na hora da diagramação (não é a melhor opção, mas estamos trabalhando com o que temos). Posteriormente, transformo o arquivo em .PDF porque é neste formato enviado à gráfica.


AE: O Word sempre presente na vida dos fanfiqueiros hihihi. A administração do AE costuma usar ele pras fanficagens da vida também, embora a adm Mira esteja tentando convencer os outros a assumir compromisso com o Libre Office… ahem, devaneios à parte—em relação à divulgação, quem se responsabiliza por tal?
Nós! Nós utilizamos nosso próprio perfil particular, e também fazemos uma boa divulgação na loja já que conseguimos alcançar um bom nível de seguidores. Atualmente não temos parceiros.


AE: E como funciona a questão dos lucros? O projeto produz mais-valia para pagar a staff ou é tudo feito com o valor exato do custo dos livros?
O projeto produz mais-valia para pagar staffs, sim.


AE: As histórias são registradas na Biblioteca Nacional?
Não.


AE: Qual o maior desafio que o projeto enfrentou até hoje? Algum material ou alguém os auxiliou a superar esse obstáculo? Como fizeram pra contornar a situação?
Felizmente não tivemos nenhum obstáculo significativo até agora. Alguns problemas ao longo do caminho, mas nada que realmente tenha causado muita dor de cabeça. Ah! Talvez a questão do atraso na nossa atual produção de livros por causa do COVID-19, mas são coisas fora do nosso alcance.


AE: Têm alguma curiosidade sobre o projeto que gostariam de revelar?
Hum… acho que somos muito abertas sobre todos os processos, então nada em particular atualmente.


AE: O projeto tem alguma cópia física já pronta? Se sim, qual foi a sensação de pegar um dos exemplares na mão?
Atualmente a loja tem o livro físico de Time Adversário. Bom, como autora da obra eu posso dizer que a sensação é… muito boa. Eu não queria mais largar o exemplar quando chegou em casa!


AE: E no que estão trabalhando agora? Podem contar pros observadores de plantão?
Estamos em andamento com o projeto Nu e Cru, da @exotomic. Nós estamos muito felizes com todo o processo do livro, e ele está muito lindo. Mas não queremos estragar a surpresa hihihi.


AE: A administração do AE agradece profunda e novamente por cederem seu tempo para essa entrevista. O seu projeto nos maravilha! Desejamos tudo de bom a vocês. Nos despedimos com muita animação aqui; e se quiserem deixar umas últimas palavras pra quem quiser que desejarem, sintam-se à vontade.
Obrigada. Fico imensamente feliz pelo convite de participar e responder as perguntas. Espero que o projeto cresça e fico muito satisfeita em poder contribuir um pouquinho com o trabalho de vocês.
Com amor, Débora.



*



Opa, chegamos ao fim do post! Se caiu aqui de paraquedas saiba que essa série tem os EP #1 e EP #2 postados—o primeiro pelo adm Carlos e o segundo pela Bonnie. Quanto a esse EP #3 eu quero dizer que, mais uma vez, agradecemos a administração do Privection. Aprender sobre a experiência de várias pessoas é sempre divertido, e essa entrevista contribuiu para isso. Obrigada, Débora!
A próxima entrevista sai segunda-feira que vem, pelo adm Carlos—e será a última dessa minissérie. Porém haverão ainda outras duas entrevistas extras suuuuuper especiais! Fiquem ligados, hein.
Aos leitores peço que apoiem o Privection e os outros projetos com todo o carinho do mundo, e o AE também—temos vários posts deliciosos para todas as classes de fanfiqueiros. Os adms também têm fanfics publicadas; se quiserem conferi-las, deem uma olhada na barra superior com as páginas com nossas histórias. Das minhas eu pessoalmente recomendo Relíquia das Almas: O Conto da Espada, disponível no Nyah! Fanfiction, Social Spirit e Wattpad.
Vou ficando por aqui e espero que gostem de nosso conteúdo! Não se esqueçam de seguir-nos no Twitter e IG, e inscrever-se por e-mail no blog! Até o próximo olá!

E você? Já conhecia o Privection? Já comprou um livro deles? Qual a sua experiência com a loja? Conta aí!

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