Divã da Autora - EP #1
Olá anjos de
luz do ficdom, como vão vocês?
Espero do
fundo do coração que todos a quem esse post alcançar, possam estar seguros em
casa, assim como suas famílias nesse momento nefasto de pandemia.
E como criar
conteúdo virou mais do que nunca uma ferramenta nessa luta, já que precisamos
nos entreter para manter a saúde mental e resistir a quarentena, vamos de post
porque papear sobre o ficdom é essencial.
Antes de
mais nada, para quem caiu aqui de paraquedas e está estranhando o estilo de
capa, o tom de voz e o título diferentes, eu sou a Boo, nova adm do AE.
Fiz minha
estreia oficial semana passada, onde conversamos sobre Como Não
Comentar Numa Fanfic, mas eu já tinha pintado por aqui em
janeiro como convidada especial no post Como Cuidar
Melhor do Seu Leitor.
Ter sido
chamada para o projeto foi uma honra e uma emoção que eu ainda não fui capaz de
superar. Conhecer isso aqui foi mágico e já que ganhei essa série para
compartilhar as emoções e infortúnios da minha jornada de escritora, chegou a
hora de vocês me conhecerem também.
E vamos de
exposição!
*
Nas colunas
do tipo dos meus parceiros, eles costumam falar sobre como foi a quinzena de
trabalho deles, mas achei que ficaria aleatório demais, visto que é nosso
primeiro contato dessa forma.
Então hoje
eu vou contar como eu vim parar aqui no ficdom.
Clichê, eu
sei, porém me deem essa colher de chá, vai. Primeiro post da série e eu ainda
estou com aquele frio na barriga típico de apresentações.
A primeira
versão desse post era um texto todo elaborado e trabalhado na superação que
mais parecia uma peça de marketing, mas acabei achando um saco e que não
combinava com o clima do AE. Sendo assim, vamos cortar para a versão pão e
circo.
A verdade é
que sou uma tiazona, gente (se pudermos pular a parte em que eu digo a idade,
agradeço). Cheguei tarde nesse rolê se comparada a maioria dos fanfiqueiros que
conheço.
Quer dizer,
eu até já tinha visto no ensino médio uma amiga que escrevia na parte de trás
do caderno de física, umas histórias com as minas do Pussycat Dolls e os
personagens do Rebelde, mas ela nunca postou em lugar nenhum, guardava
aquilo a sete chaves e jamais usou a palavra fanfic.
Eis que
chegou 2016 e eu tive a maior crise de dor de dente da minha vida combinada com
a péssima sorte de a carência do plano faltar uma semana para expirar. Como foi
que eu não morri nesses dias? Minha irmã tentando me distrair, me apresentou Naruto.
Foi paixão à
primeira pancadaria. Fazia tempos que algo não me empolgava tanto assim, me
senti mal por ter menosprezado quando passava na TV aberta e estava totalmente
envolvida.
E como calha
de sempre acontecer comigo, meu coração foi eleger como favorito justamente um
personagem que aparece pouco e tem uma história incrível, porém cheia de períodos
em branco espumando potencial.
Eu podia
estar falando de qualquer personagem secundário de Naruto, eu sei. Mas no caso
aqui eu estou falando do Gaara.
Minha irmã,
de novo como o anjo portador de boas novas que ela é, me sugeriu ir procurar
fanarts para acalentar o coração maltratado pelo Masashi Kishimoto.
Eu encontrei
as fanarts e enfim, também encontrei as fanfics.
Não sei
descrever para vocês a minha felicidade em ver que existia uma bolha onde a
história podia continuar e preencher buracos e seguir rotas alternativas quase
que sem limites.
Em ver que
escritores de todas as idades estavam se dedicando, se divertindo e explorando
seus potenciais. Em saber que Naruto era só mais um fandom e o que universo
fanfiqueiro te permite escrever sobre o que quiser.
Eu sempre
escrevi, essa foi a minha primeira e maior paixão a vida toda. Olhando para
trás, hoje eu entendo que muitas das minhas diferenças com as outras pessoas
conforme crescia, era porque eu vivia num mundo paralelo diferente: o mundo de
quem cria e não só consome conteúdo. A partir de então eu finalmente tinha um
mundo onde todo mundo me entendia.
Chegando
numa época onde eu tinha terminado o último original já fazia anos, estava
desestimulada e não me permitia escrever uma linha há muito tempo porque a
rotina e a pressão social do "pra que isso" me soterraram, as
fanfics me jogaram uma luz e um estímulo muito necessário.
Até mesmo
uns problemas psicológicos que eu enfrentava, ficaram mais superáveis agora que
eu tinha um pouquinho de ânimo novo.
Vou defender
a importância e a valorização das fanfics por isso, até minha última linha
escrita. Fiz amigos incríveis que carrego até hoje, fiz amigos que perdi, mas
com os quais aprendi muito, faço amigos novos vira e mexe.
Aprendi
sobre mim, sobre os outros, sobre como contar histórias, como lidar com as
pessoas, como sobreviver na era digital sem ser devorado pelos monstros
dela.
Digo com
tranquilidade que esse passo me trouxe a confiança que eu precisava para muitas
das coisas boas que alcancei hoje, como por exemplo, ter me arriscado a estudar
algo totalmente diferente da minha formação e hoje vivo como redatora e
copidesque freelancer.
É, eu quis
dizer que escrita é o meu trabalho agora e espero que continue sendo e evolua
para novas áreas por bastante tempo.
E também espero
que ao longo da minha caminhada aqui no AE eu possa acrescentar e motivar vocês
tanto quanto esse mundinho fez por mim.
Se a
qualquer momento vocês se sentirem meio para baixo a respeito, me dá um grito
nas redes sociais, é tudo @boothewritter,
prometo que não solto sua mão até passar.
Nos vemos
aqui às terças, até lá, me contem como foi a caminhada de vocês no
ficdom.
O prazer foi
todo meu. Beijos de luz. Boa quarentena.
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